31 de jul. de 2025
Como acalmar cachorro com medo de fogos: guia completo para tutores
Fogos de artifício são comuns em datas festivas, como Réveillon, festas juninas e jogos de futebol. Mas o que para nós pode ser um espetáculo de luz e som, para os cães se transforma em momentos de terror. Muitos tutores não sabem o que fazer quando o cachorro começa a tremer, latir, tentar se esconder ou fugir durante as explosões. Esse medo não é frescura é um comportamento natural que exige atenção e estratégias adequadas.
Por que os fogos causam tanto medo nos cães?
O sistema auditivo dos cães é extremamente sensível. Eles conseguem ouvir frequências muito superiores às que os humanos percebem. Um barulho que parece alto para nós, pode ser ensurdecedor para eles. Além disso, os fogos acontecem de forma imprevisível, com sons repentinos, vibratórios e sem qualquer sinal de segurança. Para o instinto animal, isso é interpretado como uma ameaça.
Cães mais ansiosos, filhotes e aqueles que já passaram por traumas anteriores têm maior propensão a desenvolver fobias sonoras. Com o tempo, se não houver tratamento, esse medo pode se intensificar e afetar gravemente a qualidade de vida do pet.
Sintomas de medo e ansiedade causados por fogos:
Tremores e salivação excessiva
Ofegância e taquicardia
Tentativa de fuga (arranhar portas, pular janelas)
Vocalização intensa (latidos, ganidos)
Perda de controle fisiológico (urinar ou defecar involuntariamente)
Comportamentos compulsivos, como andar em círculos ou se lamber sem parar
Como preparar seu cachorro para lidar com fogos
1. Crie um ambiente seguro (refúgio): Escolha um local silencioso, confortável e com iluminação baixa. Pode ser um quarto interno, banheiro ou lavanderia. Coloque a caminha do pet, brinquedos, panos com o cheiro dele e mantenha as janelas fechadas. Cobrir o espaço com cobertores (tipo toca) também ajuda.
2. Use sons neutros para mascarar os ruídos: Música clássica, ventiladores ou playlists com sons brancos ajudam a abafar o estouro dos fogos. Deixe o som constante por algumas horas antes e durante a queima.
3. Produtos calmantes naturais e acessórios:
Feromônios sintéticos (como Adaptil) em difusores ou colares
Camisas de compressão (como a Thundershirt), que simulam um abraço contínuo
Suplementos calmantes com camomila, melissa, triptofano ou CBD veterinário (sempre com orientação profissional)
4. Técnicas comportamentais:
Dessensibilização sonora: consiste em treinar o cão com áudios de fogos em volume gradual enquanto oferece recompensas. Deve ser feita semanas antes das datas festivas.
Contracondicionamento: associa o som dos fogos a experiências positivas (brincadeiras, petiscos). Com o tempo, o cão deixa de associar o barulho ao medo.
5. Medicamentos para casos graves: Cães com pânico extremo podem precisar de intervenção farmacológica. Nesses casos, um veterinário comportamentalista é fundamental. Nunca automedique seu pet.
Cuidados importantes:
Atualize a identificação do pet (plaquinha e microchip): fogos são a principal causa de fuga de cães no Brasil.
Não deixe o cão acorrentado ou em áreas externas durante os fogos.
Nunca leve seu pet para locais com queima intensa.
Conclusão: O medo de fogos é um problema real e deve ser tratado com empatia, preparação e acompanhamento. Com paciência, você pode transformar a experiência do seu cão e oferecer mais qualidade de vida. Conte com a Mega Pet para encontrar produtos específicos e orientação veterinária especializada para lidar com essa situação.